quarta-feira, 25 de agosto de 2010

* Crítica - O Livro de Eli *


Ando numa fase de "transição" entre ser um Blockbuster amante de filmes de impacto para um Cinéfilo verdadeiro que gosta de tudo um pouco e consegue apreciar (e achar) filmes que não são das massas. Em o Livro de Eli entramos numa jornada ao um mundo pós-apocaliptico bem no estilo Mad Max e Blade Runner de ser, sem muita explicações vemos um viajante solitário (Denzel Washington)  que ruma obstinadamente... para o oeste, é claro, ícone da colonização e da ilusão de novos tempos da cultura norte-americana.

Como não foi feito no estilo Hollywoodiano, o filme não se preocupa em explicar com todas as letras o que aconteceu por ali, deixando para o público a tarefa de completar e achar suas respostas. Sem pressa e no tempo certo, entendemos o quanto as pessoas regrediram no tempo, maioria é analfabeta e um misero copo de água pode lhe custar a vida... 


Eli se ve obrigado a enfrentar gangues de marginais saqueadores e  assassinos, proporcionando cenas de extrema violência gráfica e explícita que bebem na fonte da estética dos quadrinhos. 

Enquanto Eli é guiado à proteger um livro por um voz que ouviu/sentiu a 30 Invernos antes, Carnegie (Gary Oldman) esta mais para um Xerife do velho-oeste que moldou a sua paz no meio do caos e vive obcecado na busca de um livro misterioso que poderá não só lhe dar mais poder, mas como alterar a realidade.

Alguns filmes ja nascem obra-prima, somando toda sutileza e vivacidade que encontramos na conjuntura desde o inicio do filme em que somos apresentados a esse mundo desconfigurado ou até mesmo no final que irá surpreender a muitos, O Livro de Eli tem nas suas entrelinhas conteúdo suficiente para ser considerado único.



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